quinta-feira, 23 de julho de 2009

Feitos para sofrer



Sempre fui da opinião que discussões acerca do objetivo da vida não levam a lugar algum. Aliás, ainda sou dessa opinião. É o tipo da coisa que pode te deixar bem feliz ou bem triste. Na maioria das vezes deprime. Alguns dizem que o objetivo é ser feliz. Alguns não, a grande maioria. Nem vou entrar no mérito disso, mas...ah, eu fico muito revoltada com a atitude dessa grande maioria. Tudo bem achar que o objetivo da vida é ser feliz. O problema está quando essa mesma maioria age como se tivessemos que sofrer para conquistar um lugar no paraíso. Pode perceber, acho até que é inconsciente isso, mas é só prestar atenção e estamos ouvindo coisas como: porque nessa vida não podemos confiar em ninguém, porque iremos sempre ser traídos pelos amigos, porque a vida não é mole, porque tem que trabalhar duro, porque não dá pra ficar se divertindo, porque não dá para confiar em homens (mulheres), porque isso e aquilo...e muitas outras coisas que remetem a um ideário medieval de vida. Aquele em que o homem não pode sentir prazer. Hoje em dia até dizem que pode sentir prazer, a diferença é que dizem que dificilmente se conseguirá esse prazer. Quando acontece alguma coisa de bom, já se espera que seja mentira ou que algo ruim vá acontecer. Sempre.
Sinceramente é melhor nem dizer que o objetivo de vida é ser feliz. Pelo menos são poucos os que eu vejo que acreditam que conseguem isso.
Eu prefiro não arriscar algum palpite de qual deve ser a "grande verdade".Prefiro olhar o céu (quem me conhece deve ter enjoado já de me ver falando o quanto eu acho a humanidade insignificante perto do universo. E acho mesmo, mas também não acho que isso seja ruim) e achá-lo bonito, ficar imaginando coisas, pensando em tudo...enfim, olhar o céu me deixa mais feliz.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Experiências com a escrita

Aqui segue uma redação que eu fiz para a aula de Língua Portuguesa, ministrada pelo Cristovão Tezza, que pedia para relatar as experiências que eu tive com a escrita em anos anteriores (não lembro se a proposta era exatamente assim, mas era algo assim hehe). Não sei se foi por pena de mim ou se foi porque gostou mesmo, mas o Tezza escreveu no fim da folha um ótimo seguido de um "nota 10!".

" Ao fim de mais uma aula de português, entreguei meu texto para o professor. Eu tinha certeza que havia recheado as linhas da página com idéias revolucionárias e um palavreado original. No fundo até esperava que o professor me convocasse para declarar o quanto ficara lisonjeado com meu texto. Eu amava escrever, e antes da entrega de uma redação corrigida, meu coração batia como o de um atleta prestes a ganhar um jogo.
Quando o professor entregou mais uma vez uma correção, lá fui eu buscar a confirmação de meu talento. Porém, nada mais que um mísero 7,5 estampava a folha. Fervi de raiva, ou até senti vergonha por ter me superestimado. Olhei para o texto do lado e vi o 10 de meu colega. E ele era um imbecil que não expunha idéias fantásticas ou muito menos tinha sensibiidade artística. Pedi emprestado aquele texto para ler. Extremamente quadrado e idiota. Mas era 10. E o MEU era 7,5. Olhei para o professor com raiva. Era inveja da minha capacidade. Só podia ser.
Voltei para casa irritada com tudo. Abri minha gaveta entupida de romances inacabados. Afinal, será que eu realmente era tudo aquilo que eu achava? A verdade é que eu me maravilhava com meus escritos, imaginava que um leitor de fora fosse se surpreender. Mas...era sempre a mesma coisa. E no outro dia a história se repetiria. E lá fui eu feito um inseto preso nas teias da rotina escrever meu próximo texto nota 7,5."

domingo, 19 de julho de 2009

Motivo

Ok, finalmente resolvi criar esse blog, que eu espero que tenha um futuro cheio de postagens interessantes e úteis. Tá, duvido que aqui será um centro de coisas bem escritas e bonitas, mesmo porque não pretendo discutir temas "importantes", muito menos escrever poesia. Aqui simplesmente vou relatar algumas coisas que penso. Alguém poderia perguntar porque eu não escrevo num caderno só para mim então, afinal, eu odeio expor minha vida pela internet. Nem sei se eu consigo explicar porque escolhi este meio, mas suspeito que foi para me "forçar" a escrever, pois já tentei métodos como diário ou anotações quaisquer, mas nunca deu certo, eu sempre parei. Mas aqui, sabendo que é público, eu provavelmente vou levar a sério.
Vai parecer ridículo isso que eu vou contar: essa história de escrever relatos me veio na cabeça depois que eu li Drácula, de Bram Stoker. Explico: a personagem Mina Harker dizia que é bom tentar lembrar de tudo o que se fez no dia, pois isso estimularia a memória, e segundo ela é uma técnica usada por repórteres (ou era há muuuitos anos hehe).
Tem mais um motivo para escrever aqui. Coisas escritas duram mais, mas não são tão efêmeras quanto só uma conversa ou uma corrente de pensamentos. Uma coisa que foi escrita, pelo menos por um tempo vai ficar registrada, e isso que é "bonito". Sei lá, por mais que eu considere minha memória boa algumas coisas vão ser esquecidas (a maioria, aliás). Mas quando escrito, um dia eu posso ler coisas que eu pensava há muitos anos e me surpreender...bem, quem me conhece sabe que eu sempre quis ser escritora, e muitas vezes prefiro escrever do que falar. Credo, acho que escrevi demais derivações do verbo escrever. É, esse trecho está todo descosturado e confuso. Pouco importa, assim que são os pensamentos.