quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

...(III)

A neblina escondia qualquer vestígio de horizonte, assim como o frio amortecia seus sentidos. Um vento constante cortava-lhe as bochechas acompanhado de uivos fantasmagóricos e do som angustiante de seus passos seguindo adiante. Os galhos das árvores chacoalhavam insistentemente expulsando qualquer ser vivo que ali estivesse. Calafrios percorriam seu corpo. Medo, frio...
Qualquer coisa poderia materializar-se em sua frente a qualquer momento. Qualquer coisa poderia levá-la para o nunca mais. Cada segundo era uma agonia. No entanto, uma voz sussurou-lhe:
- Por que o medo? São os olhos humanos que te espiam.

Um comentário:

  1. Once upon a midnight dreary, while I pondered weak and weary,
    Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
    While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
    As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.

    Ê Edgar Allen Poe, velho de guerra!

    ResponderExcluir