segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Retrato do artista quando jovem

Concluí hoje a leitura do livro "Retrato do artista quando jovem", de James Joyce, e não poderia deixar de comentar.Acabei demorando cerca de 1 mês e meio para terminá-lo, mas que fique claro que não foi pelo livro e sim por meus horários caóticos.Posso afirmar que a narrativa é um das mais "belas" que eu já li.Imagino que seja assim com os outros també, pois é difícil encontrar alguém com coragem e argumentos para rebaixar o autor.James Joyce é consagrado como um dos gênios da literatura do século XX (e de toda a história talvez)e até hoje não conheço ninguém que entenda de literatura falar mal.Com este livro pude entender o porquê disso.
O livro narra o amadurecimento do personagem Stephen Dedalus, possivelmente (ou confirmadamente, segundo algumas pessoas) o alter-ego do Joyce.E aí você acompanha todo o pensamento da personagem, os conflitos mentais, medos, frustrações, etc.Posso estar falando besteira, mas acredito que o diferencial da obra seja a forma com que é escrita,as frases são quase que poéticas, há trechos que dá vontade de copiar em algum lugar, guardar. É simplesmente lindo de ler, é nítido que as palavras não foram escolhidas à toa.Vale ressaltar que li o livro original, em inglês, portanto não sei se as traduções mantém esse "encanto".
Claro, algumas pessoas poderiam não gostar da narrativa por uma questão de incompatibilidade com o estilo do autor, jamais por considerá-la de baixa qualidade. No entanto, para quem gosta do "fluxo da consciência" é um prato cheio.Eu particularmente considero os conflitos psicológicos, em sua maioria, os mais ricos, pois conseguem trazer um tipo de reflexão que outros enredos não conseguem.Maaas, cada um é cada um.
Enfim, está na minha lista de recomendações.Eu gostaria de falar bem mais do que isso, mas talvez nem tenha muito mais o que falar mesmo, apenas ler, ler e ler.Vale a pena.

Nenhum comentário:

Postar um comentário